segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Pretinha de Camaquã

Malu
Quando eu achei que dois cachorros em casa estava muito bom ela apareceu, na verdade meu marido encontrou ela na internet. Ela estava em um abrigo em Camaquã, bem longe da minha casa. A mãe da Malu era uma cachorrinha abandonada que deu cria em uma serraria, a mulher que cuidava de um abrigo da região a acolheu e cuidou da adoção dos filhotinhos.
Saímos de casa numa manhã de Sábado bem cedinho e pegamos a estrada. Rodamos umas duas horas eu acho até chegar ao lugar onde ela estava. Quando chegamos ficamos encantados com os filhotes, eram peludinhos, grandes e muito espertos. Antes de ir agente já havia escolhido os filhotes por foto.
Trouxemos duas fêmeas para casa. Uma ia ser nossa e a outra de um colega de serviço do meu marido. No mesmo dia agente entregou a cachorrinha para o colega dele e fomos para casa com aquele toquinho de cachorro.
Na primeira noite ela chorou muito. Estava muito frio e ela era muito pequena. Coloquei garrafa com água quente, relógio para ela ouvir o barulhinho, aquecedor, travesseiro, ursinho e nada da Malu dormir. Ela dormia e acordava chorando até que meu marido teve a brilhante ideia de colocar ela na nossa cama. Ela dormiu bem quietinha e foi assim nos primeiros dias até ela se acostumar com a caminha dela.

A Nina ficou muito feliz com a nova companheirinha. Ela desenvolveu um comportamento maternal em relação à Malu. Elas começaram a dormir juntas na cama, brincar, ao ponto de uma roer um osso de um lado enquanto a outro roía do outro.

Não sei se já falei isso aqui, mas é muito interessante como os cachorros tem um jeito de ser diferente um dos outros. A Malu é extremamente brincalhona, até hoje. Ela tem dois anos e a Nina com essa idade não era mais assim tão filhotona. Ela brinca o dia inteiro, com os outros cachorros, sozinha, com bolinha, corda, garrafa ou o que tiver pela frente.
No próximo post vocês irão conhecer a Chiquinha e como ela chegou para fazer parte dessa turma.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Baixinho, metido e ranzinza

Chuvisco e Nina
A primeira coisa que pensei quando adotei a Nina era que ela seria meu único pet. O problema é que ela era muito brincalhona e quando ficava sozinha em casa fazia muita, mas muita bagunça. Então meu marido achou uma solução para nosso problema, adotar outro cachorrinho para fazer companhia para ela.
Começaram então as buscas por um novo pet. Meu marido encontrou na internet um cachorrinho que tinha 6 meses e tinha sido abandonado em frente a um sitio onde funcionava uma ONG. No começo eu não queria, eu sempre preferi cadela ao invés de cachorro, mas como o cachorrinho já estava castrado eu acabei aceitando.
Viajamos mais de uma hora até chegar ao tal sítio, quando chegamos lá o Chuvisco (que já era o nome dele e nós não mudamos), estava todo perfumado e de gravatinha nos esperando. O problema é que ele não tinha seis meses, aparentava ter um ano aproximadamente, mas como já estávamos lá agente trouxe ele mesmo assim.
Meu medo era que por ele ser mais velho que a Nina, ele acabasse não gostando dela. Dito e feito. Ele era muito arisco, não aceitava carinho, rosnava, e tentava bater na Nina. Chegou a morder a minha mãe uma vez, ainda bem que foi só de raspão e não machucou. Eu fiquei indignada com o meu marido por ter trazido esse cachorrinho ranzinza.
Chuvisco e Nina
Um dia eu estava varrendo o pátio e vi que ele estava encolhido num canto, quando fui varrer perto dele ele se urinou todo e saiu correndo. Eu percebi ali o quanto ele tinha sido maltratado, nós éramos a terceira adoção dele. Ele já tinha sido adotado antes, mas uma semana depois a cuidadora da ONG encontrou ele amarrado na porta do sítio. Ali eu comecei a tentar entender o comportamento dele.
Ele e a Nina demoraram uns meses para se entender. Primeiro ele batia nela até que um dia ela deu uma surra nele porque ele tentou morde-la e não queria sair da casinha dela. Depois da surra (que não machucou foi só o susto) ele parou de tentar bater nela. Foi quando ela ficou no cio pela primeira vez que, acho que ele descobriu que ela era menina e se apaixonou por ela, então acabaram definitivamente as brigas entre eles.
Foram muitos xixis nas paredes, nos sofás, cadeira, estante, mesa. Acho que ele fez xixi em toda a minha casa, mas diferente dos outros donos que ele teve nós tivemos a paciência de ensinar ele e hoje ele não faz mais essas coisas. Hoje ele é um cachorrinho brincalhão, carinhoso, esperto e muito diferente do antigo Chuvisco.

As pessoas precisam entender que cada bichinho é diferente do outro. Assim como os humanos eles também tem sua personalidade e humor. O Chuvisco é o cachorrinho mais metido e ranzinza que eu conheço. Ele é pequeno, mas se acha o dono do pedaço, ele é mais brabo que a Nina. Mesmo ele sendo assim chatinho eu o considero um ótimo cachorrinho e hoje agente se dá muito bem.
Chuvisco

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O Pequeno Grande Presente

Duda
Meu primeiro contato com cachorros foi aos 7 anos quando ganhei uma mestiça de pastor alemão. Minha mãe pagou R$5,00. Na verdade eu queria um Poodle, mas quando vi a Duda pela primeira vez me encantei. Ela foi minha companheira por 14 anos e por causa de uma doença acabou morrendo. Foi muito triste para toda a família. Passei alguns meses sem cachorro nenhum, mas como uma amante de patinhas que sou precisava de um novo peludo na minha vida.
Foi então que comecei a procurar na internet alguém que quisesse doar (por que não gosto da ideia de comprar um cachorro se tem tantos por ai sem lar). Foi quando encontrei uma pessoa na internet que havia encontrado uma caixa com 4 cachorrinhos na porta do seu prédio. Ela me mandou a foto deles e eu me encantei. Eram lindos, fofos e bem peludinhos. Mestiços de pastor alemão, eu amo essa raça. Para meu estilo de vida é a melhor raça que tem, na minha opinião. Eu, como gosto de grandeza, escolhi a maior que também era a mais espoleta. Coloquei o nome dela de Nina. 
Nina no primeiro quarto
Ela chegou a minha casa com 3 meses de idade e já tinha uns 5 quilos. Pensa num cachorro doido. A primeira vez que soltei ela no pátio ela quase enfartou. Ficou uma meia hora correndo em círculos. No primeiro dia fiz uma caminha para ela e enchi de jornal no quarto ao lado do meu, grande erro. Acordei 3:00h da manhã com um fedor insuportável, ela tinha feito um_______ gigantesco e no único pedacinho que não tinha jornal. Meu marido levantou da cama para ver o que era aquele fedor, agente não queria acreditar que aquilo tinha saído dela, quando ele chegou ao quarto dela ela estava bem feliz abanando o rabinho como se tivesse feito uma coisa muito boa. Tivemos que abrir as janelas, colocar bom ar e mesmo assim demorou a sair o cheiro.
Na outra noite ela já ganhou um quarto novo, dessa vez na área da frente. Ela nunca chorou como os outros filhotes. Ela ficava latindo pros outros cachorros da rua. Aquela bolinha peluda se achava grande. Durante a noite ela ficava brincando com as flores do jardim, garrafa, bolinha o que tivesse.
Uma vez meu marido resolveu ir me buscar na faculdade e fazer uma surpresa. Levou a Nina junto, no banco de trás do carro. Adivinha o que aconteceu??? Entrei no carro, o meu marido com cara de brabo, a Nina abanando o rabinho e aquele fedorão. Ainda bem que era banco de couro.
Depois de muitas mordidas, arranhões, móveis roídos e xixi nos tapetes a Nina se tornou meu melhor cachorro. Obediente, caprichosa, inteligente e carinhosa. Eu nunca bati nela (acredite, tem gente que ainda pensa que se educa cachorro batendo), nunca levei em adestrador. Eu só assistia o encantador de cães e fazia as coisas que ele ensina.
Só sei uma coisa, vale a pena ser um criador de cachorros. Eles são fiéis ao dono e são as melhores companhias quando estamos pra baixo.
No próximo post eu vou contar pra vocês a história do Chuvisco, o cachorrinho que adotei para fazer companhia para a Nina.

Nina 
Até mais..


Nina

Nina
Com menos de um ano.